João Monteiro, da BROADWAY MALYAN, abriu o painel com três projetos representativos da nova centralidade empresarial do Porto — Viva Offices, Porto Office Park e Heart of Porto. Destacou como estes empreendimentos contribuem para redefinir o espaço urbano, conjugando eficiência, sustentabilidade e identidade arquitetónica.
Manuel Vilhena Roque, do PITAGORAS GROUP, apresentou o Estudo 24.6, um conjunto habitacional em Guimarães com mais de 6.100 m², desenvolvido com base em princípios de habitação modular. A proposta explora soluções de repetição controlada, tipologias compactas e um desenho que permite flexibilidade de uso.
André Camelo, do estúdio CREA, mostrou duas intervenções de reabilitação emblemáticas no Porto: a recuperação da bancada do Estádio Universitário, incluindo a nova sede do CDUP, e a ampliação da Escola dos Correios. Em ambos os projetos, a proposta parte do edifício existente, respeitando a sua linguagem original e acrescentando elementos contemporâneos com soluções construtivas rápidas e adaptáveis.
A arquiteta Adriana Floret, da FLORET ARQUITECTURA, apresentou uma residência sénior em Matosinhos, centrada na criação de espaços de uso coletivo e atmosferas acolhedoras. O projeto valoriza o bem-estar físico e emocional dos residentes, através de percursos intuitivos, luz natural e ambientes domésticos.
Henrique Marques, do atelier SPACEWORKERS, falou sobre as Residências Séniores de Cete, implantadas em zona rural. A proposta desenvolve-se a partir de um diálogo com a topografia e com o ambiente construído pré-existente, criando um conjunto sereno, com forte ênfase na tectónica e no ritmo espacial.
Samuel Gonçalves, do estúdio SUMMARY, optou por uma intervenção mais conceptual, refletindo sobre a forma como habitamos e como a arquitetura está ligada à memória coletiva. A partir de imagens de arquivo, abordou os desafios atuais da construção, como o aumento de custos e a escassez de mão de obra, e defendeu a industrialização como resposta possível, propondo métodos construtivos mais racionais e eficientes.
Diogo Aguiar do DIOGO AGUIAR STUDIO apresentou o Edifício Pedagógico da ESAD, desenvolvido no âmbito de um concurso público para a escola de artes e design em Caldas da Rainha. A proposta destaca-se pela integração com o campus existente, recorrendo a formas puras e soluções espaciais que favorecem a criatividade e a interação entre disciplinas.
Filipe Madeira, do FMVS ATELIER DE ARQUITECTURA, expôs o projeto de habitação coletiva em Lordelo do Ouro (Porto), concebido a partir de uma leitura crítica das necessidades urbanas. O edifício combina pragmatismo e sensibilidade arquitetónica, apostando numa implantação respeitadora do entorno.
Paula Santos, da PAULA SANTOS ARQUITECTURA, encerrou o painel com o Colégio Efanor, em Matosinhos. O projeto articula ensino secundário e equipamento desportivo numa estrutura coesa e funcional, onde a clareza formal e a lógica espacial respondem a um programa complexo com fluidez e rigor.
O evento terminou com um debate aberto entre oradores e público. A partilha de experiências confirmou que os grandes projetos de arquitetura não se medem apenas pela escala, mas também pela sua capacidade de gerar impacto social, promover inovação e contribuir para cidades mais habitáveis e equilibradas.